Um mistério insolúvel!
Este misterioso livro,
provavelmente escrito durante o século 15, vem intrigando pesquisadores e
especialistas em criptografia de todo o mundo há muito tempo. O manuscrito
conta com 240 páginas repletas de figuras e textos escritos em um idioma ou
código que nunca foi decifrado, recebendo o nome Voynich graças ao livreiro
norte-americano de origem polonesa Wilfrid Voynich, que adquiriu o volume em
1912.
O manuscrito apresenta,
entre muitas de suas imagens, figuras de plantas que não parecem guardar
qualquer relação com espécies conhecidas, e algumas das teorias sugerem que o
livro pode ter pertencido a algum alquimista ou, quem sabe, seja uma
farmacopeia medieval. Porém, a existência de diversos diagramas astronômicos
misteriosos também levou muita gente a sugerir que o volume possa ser de origem
alienígena!
O manuscrito
é um misterioso livro ilustrado com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito
há aproximadamente 600 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita não-identificado e uma linguagem ininteligível. É conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem
sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo
alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta
sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história
da criptografia, mas também contribuiu para lhe
atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado – uma sequência arbitrária de símbolos.
A teoria hoje mais aceita é de que o manuscrito tenha sido criado
como arte no século XVI como uma fraude. O fraudador teria sido o mago, astrólogo e falsário inglês Edward Kelley com ajuda do filósofo John Dee para enganar Rodolfo II da Germânia (do Sacro Império Romano-Germânico).
Foi datado por carbono como se fosse
do começo do século 15 (1400). Segundo a datação Kelley não poderia ter escrito,
pois nasceu meio século depois. Vendo torres que se assemelham a uma cidade há
uma teoria que diz que foi escrito no norte da Itália. O livro ganhou o nome do livreiro polaco-estadunidense Wilfrid M. Voynich, que
o comprou em 1912. A partir de 2005, o manuscrito Voynich passou a ser o item MS 408 na Beinecke
Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale. A primeira edição fac-símile foi publicada em 2005 (Le Code Voynich), com uma curta apresentação em francês do editor, Jean-Claude Gawsewitch, ISBN 2350130223.
O manuscrito Voynich deve sua
denominação a Wilfrid Michael Voynich, um
americano de ascendência polonesa, mercador de livros, que adquiriu o livro no colégio
Jesuíta de Villa
Mondragone, em Frascati, em 1912, através de padre jesuíta Giuseppe
(Joseph) Strickland (1864-1915). Os Jesuítas precisavam de fundos para
restaurar a vila e venderam a Voynich 30 volumes da sua biblioteca, que era
formada por volumes do Colégio Romano que tinham sido transportados ao colégio
de Mondragone junto com a biblioteca geral dos Jesuítas, para evitar sua
expropriação pelo novo Reino de Itália. Entre esses livros estava o
misterioso manuscrito.
Com o livro, Voynich encontrou uma
carta de Johannes Marcus
Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II da Germânia, com
a qual enviava o livro a Roma, ao amigo polígrafo Athanasius Kircher para que o decifrasse.
Na carta, que ostenta no cabeçalho
Praga, 19 de agosto de 1665 (ou 1666), Marci declarava ter herdado o manuscrito medieval de um amigo seu (conforme revelaram pesquisas, era um muito
conhecido alquimista de nome Georg Baresch), e que seu dono anterior, o
Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano, o adquirira por 600 Ducados, cifra muito elevada, acreditando que se tratasse de algo escrito
por Roger Bacon.
Voynich afirmou que o livro continha pequenas anotações em Grego antigo e datou o mesmo do século XIII.
A definição da data do pergaminho
ainda é controversa, mas é possível situar a elaboração do texto no final do
século XVII: uma análise por radiação infravermelha revela a presença de uma assinatura sucessivamente apagada: Jacobi a Tepenece, na época Jacobus Horcicki, morto em 1622 e principal alquimista a serviço de Rodolfo II do Sacro Império.
Como “Jacobi” recebeu o título de Tepenece em 1608, isso prova não ser confiável a informação da aquisição do
manuscrito antes disso.
Além disso, uma das plantas
representadas em desenho na Seção "Botânica" é quase idêntica ao girassol, que somente passou a existir na Europa depois do Descobrimento da América, o
que leva o manuscrito a ser posterior a 1492.
Nenhum comentário:
Postar um comentário